Carnaval 2025

Carnaval para todos: folia inclusiva para crianças com autismo

Psicóloga orienta pais para carnaval acessível e seguro

Publicada em 26/02/25 às 15:32h

por Blog do Leo Lima


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O Galo da Madrugada arrasta uma multidão de foliões pelas ruas do Recife no sábado de Zé Pereira. E este ano, o maior bloco de carnaval do mundo celebra a população neurodivergente e traz, como uma das principais reflexões, a importância do respeito e da inclusão. Além de contar com uma ala especial para pessoas com deficiência, o Galo da Madrugada de 2025 vai usar um cordão de identificação para autismo. A mensagem é clara: todos têm direito e podem participar da folia. Mas, nem sempre as comemorações do Carnaval são espaços acolhedores para as crianças com autismo. 

O excesso de estímulo sensorial, como o som alto, cores vibrantes e multidões, pode desregular os pequenos e transformar a festa em um verdadeiro pesadelo. Antes de tudo, é essencial lembrar que cada pessoa é única e o autismo é um espectro, ou seja, as demandas e recomendações podem variar para cada uma. Por isso, os pais devem sempre conhecer e respeitar os limites da criança. “Os responsáveis precisam estar atentos a sinais de cansaço ou sobrecarga e oferecer pausas sempre que necessário”, destaca a psicóloga Patrícia Barros, da Clínica Grupo Acolher, que há anos é referência no atendimento especializado para crianças com TEA em Jaboatão e no Cabo de Santo Agostinho.   

A preparação para curtir o carnaval deve começar em casa, dias antes, para evitar quebras bruscas de rotina e falta de previsibilidade. A profissional orienta os pais a explicar com antecedência como será o evento, além de mostrar imagens e vídeos de como será para reduzir a ansiedade. Além disso, a escolha do espaço e do bloco são importantes para garantir o conforto e a diversão.“A dica é procurar eventos que respeitem o ritmo das crianças, com menos barulho e multidões. Alguns blocos já oferecem horários e espaços adaptados para crianças com TEA, o que pode ser uma boa alternativa”, explica a especialista.

Antes de sair de casa, é essencial garantir que a fantasia seja confortável. “Os pais devem optar por roupas leves e sem tecidos irritantes. Se a criança não quiser fantasia, camisetas ou acessórios simples podem ser uma boa ideia.”, orienta a psicóloga. Para os pequenos que têm sensibilidade ao som, um item essencial é o protetor auricular que pode ajudar a tornar o ambiente mais confortável. Levar alimentos conhecidos e água para evitar problemas na festa também é uma dica de Patrícia. 

E os pais não podem esquecer de pensar em saídas estratégicas “É preciso ter um plano de retirada caso a criança se sinta sobrecarregada, garantindo uma experiência positiva”. Para quem prefere um ambiente mais tranquilo, brincadeiras em casa também podem ser uma boa ideia para não deixar a data passar em branco, como um baile personalizado com confetes, máscaras e músicas agradáveis à criança. O mais importante é que a criança se divirta de forma segura, respeitando seu próprio jeito de vivenciar a festa! Lembre-se: a inclusão, o acolhimento e respeito não tiram folga! 




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