A ortopedia pode desempenhar um papel importante no tratamento do autismo, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento físico e motor das pessoas com essa condição.
A especialidade se dedica ao diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças e lesões relacionadas ao sistema musculoesquelético, melhorando a qualidade de vida no que se refere à postura, dificuldades motoras e desvios da coluna vertebral.
De acordo com a médica do Instituto de ortopedia e Traumatologia do Recife (IOT) Dra. Zaira Pinto, o diagnóstico precoce do tratamento pode evitar uma série de problemas futuros. "Muitas crianças com autismo têm dificuldades com a postura e equilíbrio, o que pode afetar suas habilidades motoras. Nesses casos, a ortopedia pode ajudar a melhorar essas habilidades, permitindo que a criança se mova com mais facilidade e coordenação", esclarece.
A integração sensorial é outro ponto importante que as pessoas com autismo trabalham na ortopedia. Suas sensibilidades sensoriais afetam a capacidade de se mover e interagir com o ambiente. Além disso, aumentar a participação em atividades do cotidiano como brincar, se vestir e se alimentar de forma independente.
Para a especialista, alguns problemas ortopédicos, como a má postura, podem levar a complicações de saúde a longo prazo. O tratamento ortopédico adequado pode ajudar a prevenir essas complicações, proporcionando uma melhor qualidade de vida para a pessoa com autismo.
É importante ressaltar todo tratamento deve ser parte integrante de um plano abrangente para o autismo, que inclua intervenções comportamentais, educacionais e terapêuticas. “O objetivo é melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade da pessoa com autismo em todos os aspectos”, conclui.
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